02/10/2011

Porto @ 9

Estou a perder-te.
Devagar, ou talvez mais depressa do que penso. Se calhar já te tinha perdido sem saber.
Se calhar nunca te tive. Diz-se que quando aquilo que um dia foi nosso não regressa, nunca foi realmente nosso.
Honestamente, acho que vamos voltar, um dia.
E custa-me pensar que se calhar até já disseste coisas bonitas a outra, - certamente mais inteligente que eu - beijaste outros lábios, acariciaste outros cabelos.
E se ainda não aconteceu, há-de acontecer e disso não tenho a menor dúvida.
E acredito sinceramente na importância que tive para ti: provaste-mo e mereces o meu reconhecimento. Mas quando se é jovem, quando se quer tanto sentir paixão, quando o amor está à nossa espera em cada esquina, não se pode amar para não esquecer. Não se pode parar, não há travões.
E hás-de amar alguém, hás-de esquecer-me.
E tudo porque eu fui estúpida, e sou todos os dias, porque sei que a cada segundo que vivo tu também vives, e corro sempre o risco de te perder, corro o risco que alguém te mude, que alguém te ame melhor do que eu te soube amar.
E dói-me tanto que escrevê-lo me faz chorar, que pensar me sufoca, que o meu estômago se contorce, o coração aperta.
Foi escolha minha, tudo isto, e chorar e sofrer e saber que hás-de amar e ser tão amado quanto mereces, foi escolha minha.       
                                                                                                                                2/Outubro/2011

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