30/10/2010

a noite foi longa e eu nem me lembro de ela ter passado

Desde as duas da tarde que a vontade de sair nos estava a consumir.
Tivemos um dia longo. Saídas das aulas, fomos directamente para a paragem onde iríamos apanhar a 114: destino Amadora. Uma carga de água, cabelos e roupa encharcados, tal e qual saídos de um banho mas esquecidas de que nos devíamos ter despido.
137: destino Dolce Vita Tejo.
Claro que foi bom, sempre é, mas cansou e quando finalmente chegámos à terra delas já estava escuro e ameaçava chover. Felizmente, enquanto eu esperei pelo meu autocarro não choveu.
Só que ele ignorou-me, então corri tudo até lá abaixo porque caso contrário só chegaria a casa às oito e meia da noite. A morrer de asma, calor e frio ao mesmo tempo e a desejar matar o condutor, consegui - com bastante sucesso, até - apanhar o meu autocarro e chegar a casa.
Casa. Banho, jantar, passear o cão, e pronto, já estávamos na casa da C. de onde saímos.
Noite, música, rapazes. Um ofereceu-me uma rosa (que perdi). Amoroso. E de resto não me lembro. Sei que vomitei. Meu Deus, não quero que uma noite assim se repita, foi horrível e sei muito bem que lhes estraguei a noite porque quanto isso aconteceu à C. eu fiquei com vontade de a matar.
No final da noite, vinha eu a morrer e a Di., que veio cá dormir (e que por acaso eu beijei no bar. Porque ela decidiu dizer aos rapazes que nós somos namorados porque eles se estavam a atirar que nem loucos, e um dele agarrou-se à minha cintura, pelas costas e disse, beijem-se, vá, eu gosto de ver. E tanto me chateou que me fartei e lhe dei um beijo. Sem língua. Nada que me faça sentir culpada pelo J. porque só me irritei, a Di. é minha amiga e - ainda que ela seja bi - não sentimos absolutamente nada amoroso uma pela outra) bastante alegre.
A cereja no topo do bolo foi a minha irmã ter deixado a chave do outro lado da porta, o que faz com que eu não entre. Faz sempre o mesmo, e desta vez disse-lhe expressamente que não deixasse mas de que adiantou? De nada. Dormimos naquelas escadas de mármore até às sete da manhã. Ela dormiu bem, mas eu estava sempre a acordar, a telefonar à M., cheia de frio. Sete horas pareceu-me razoável. Toquei à campainha e a minha mãe abriu logo. Ela é louca: com sono, nunca repara que estou bêbeda e esta vez não foi excepção. Palavra do Senhor: Graças a Deus - acho que fiquei viciada na missa.
Então finalmente ela pôde fazer chichi, eu pude meter-me dentro de roupas e mais roupas e mantas, na cama, finalmente na cama, a dormir até às três da tarde.
E assim foi.

27/10/2010

Madonna

Se eu escrevesse tudo o que gostava de fazer contigo neste momento
tinha que arranjar aquela bolinha vermelha no canto superior direito, que deixar esclarecido que este blog contém linguagem que pode ferir os mais sensíveis e que o esconder tão bem que nem eu própria podia encontrá-lo nos meus dias de maior pureza.


Por isso, vou limitar-me a dizer que primeiro expulsava todos cá de casa (como, com muito orgulho digo que já fiz uma vez), depois esperava que anoitecesse, depois acendia um cigarro, telefonava-te. E quando tu chegasses já outro cigarro estava nos meus lábios, aceso, e ia fumá-lo calmamente até ao fim - que sabe tão bem quando sentada no sofá.
E depois arrastar-te-ia para o meu quarto, ia atirar-te para a minha cama e tirar-te cada peça de roupa, ia beijar cada pormenor teu e sentir a tua alma tão bem como ia sentir o teu corpo. Ia estar escuro e ia amar-te de uma maneira como nunca antes amei.
E por fim cedia: faz amor comigo, J.

(just) like a virgin.

Palavra do Senhor: Graças a Deus

Beijamo-nos em frente à igreja. Pouco lhe importa. Na verdade, deita-me naquela pedra fria, e ainda não são sete da noite já está muito escuro na rua. É fácil deseja-lo num momento assim. Os meus olhos dedicavam-se única e exclusivamente a ele: ele querido, ele ali, ele lindo, ele e eu. Nós.
Quis sentir a pele dele - como se a primeira e única vez. Mas só o beijei - rua, igreja, pressa. Tanta coisa a impedir-nos que parecia a sina a não querer que te amasse.
Sei que não. Sei que ao destino, aquele em que não acredito mas vivo em, nada devo. Esse fez quase tudo bem.
O J. apareceu e eu apaixonei-me. Pronto, já está.
Quero casar com ele - e há tanto tempo que não sentia nada assim - e quero ter uma casa, filhos, cães. Uma vida!
Mas antes disso - muito antes - quero que se solte do meu coração, que parece estar amarrado no meu coração, a tentar libertar-se mas, por qualquer coisa, não se solta: amo-te.

Desejo-te tanto. Quero abraçar-te, beijar-te, mas não é só. É muito mais.
Quero que sejamos um só - faz amor comigo, J.Du

25/10/2010

J. #5

Hey!
Vem.
Senta-te aqui.
Deixa-me encostar-me a ti. Pendurar-me em ti.
Deixar-me segredar-te que: te quero amar.
Vem.
Mais perto.
Deixa que os meus lábios pousem nos teus.
Deixa a memória chegar,
daquele dia em que os senti pela primeira vez
o tanto que me deste com tão pouco
era o tudo que podia pedir.
Vem.
Abraça-me.
Quero pousar os meus braços em ti.
Deixar todo o meu peso no teu próprio peso,
deixar-me desfalecer.
Vem.
Vive este sonho comigo
Passeia comigo neste mundo imperfeito
Que,
segundo as minhas convicções,
é das imperfeições que o amor nasce.
E no entanto, tudo em ti é perfeito
e o amor nasceu ainda assim.
Eu não sei.
As minhas convicções - como tudo em mim - estão um pouco desarrumadas.
Quero lá saber.
Só sei que
quero que venhas
que te sentes
que me beijes
que me abraces.
Que vivas este sonho comigo
e que nunca me deixes a sonhar sozinha.

Hey!
i love you

J. #4

(Era o mesmo sítio de sempre.
A igreja, a estrada, as pessoas, tudo.
Só que naquele dia ele estava diferente. Ou eu estava. Algo estava. Em nós.
Era a hora do costume.
Sete e meia, já se começava a notar os dias a tornarem-se mais curtos.

O mesmo sítio de sempre e nós - felizmente - os mesmos de sempre.
O J. bonito e eu com ele, vá-se lá saber porquê, eu feliz e ele não sei, parece mas não posso saber. Só a ele diz respeito. Quero acreditar que também vive esta alegria comigo.)

Quis puxar-te para mim - e quis que mais ninguém ali estivesse.
Quis sentir a tua pele - mas só me permitiste o doce do teu pescoço.
Quis beijar-te o corpo todo - mas os teus lábios já me satisfazem.
Quis pecar - e o meu pensamento pecou por breves instantes.


(e então a 108 chegou, e eu fui embora, e deixei-te mas trouxe os sonhos comigo. e espero beijar-te amanhã).








24/10/2010

J. #3

Enches-me a alma.
Desde sempre. Desde o primeiríssimo dia. 
Desde que, sem saberes quem sou ou um milésimo de mim, me fizeste sorrir. Rir. Me encantaste.


Como se me despisses ali, no primeiro instante, e descobrisses tudo de mim. 
Num ápice. Nem eu soube que acontecera. Hoje sei. Aconteceu ali.


Enches-me de vida.
Preencheste-me de uma maneira que agora, sem ti, me ia sentir vazia.
Não quero não te ter.
É isto que é: é amor. AMO-TE. Acho eu. Mas eu sei lá. Que posso saber? 
Só sei que tu és tu: genuíno. E de mim pouco sei: sinto-me deliciada.
E também sei que és um mundo - como tu dizes que são as malas das mulheres.
Mas és um mundo melhor.


Faltam-me as palavras. É terrível quando acontece. Se me faltam palavras, falta-me tudo. Menos ele. Sinto o corpo tão cheio de tudo o que quero dizer e nada se escapa.


P.S. Faz amor comigo.

22/10/2010

20/10/2010

ao som de

A fuego lento tu mirada..


Quero dias de sol no inverno, de olhos fechados a derreter-nos.
Quero a música tão alto que não oiço nada em meu redor.
Quero adormecer sentada à mesa da sala de aula.
Quero acabar o meu romance. Quero que uma e outra editora o recuse. E outra. E outra. E outra. Até que o aceitem.
Quero um furo no horário e ficar noventa minutos no café.
Quero uma noite louca, o DJ a coordenar todos os meus passos descoordenados.
Quero mil euros.
Quero chouriço em chamas no terraço.
Quero uma tatuagem nova.
Quero um cigarro depois de educação física.
Quero o meu melhor amigo e uma viagem.
Quero Londres.
Quero recuperar a sensação de entrar naquele ginásio.
Quero Disneyland pela primeira vez e apreciar tudo como se voltasse aos meus cinco anos.
Quero algodão doce, as festas da Sra. D'Agonia, o cheiro a farturas, a tradicional loucura de Viana.
Quero uma mota, uma casa, um part-time e um cartão de crédito.
Quero deixar o rádio-despertador ligado à sexta, sem querer.

Mas, antes de tudo isto,
quero-te. Quero-te muito.

"Vamos fraguando esta locura, con la fuerza de los vientos y el sabor de la ternura"

19/10/2010

nada a fazer

É assim que funciona. Os gestos são o maior reflexo dos nossos sentimentos.


As pessoas beijam quando gostam, batem quando não gostam, choram quando estão tristes, desprezam quando  precisam de atenção, riem quando estão felizes, roem as unhas quando estão nervosas, partem coisas quando estão irritadas, brindam quando festejam, abraçam com força quando estão muito felizes ou quando sentem muitas saudades prévias, gritam com medo, tremem com frio, apoiam a cabeça na mão se é tudo uma seca eterna, sorriem com leveza se estão agradecidos, choram de alegria se matam saudades ou ouvem coisas bonitas.
As pessoas dão tudo quando amam.


É assim que funciona, e eu gosto e felizmente, não há nada a fazer. 

18/10/2010

te amo

Pousei os livros e a mala com um estrondo.
Abracei-o, eu de pé e ele já sentado no muro de tijolo. Que saudades.
Abri o fecho de dentro da mala e o maço de cigarros. Sabia que era o último. Tirei também o isqueiro. Ele acendeu-me o cigarro, naquela poderosa sensação de "agora és a minha puta", disse-mo e riu-se.
Fechei os olhos: primeiro bafo. Até amanhã, não tenho mais tabaco.
Fechei os olhos: segundo bafo.
Ele deitou-me, beijou-me e deixou-me deitada.
Fechei os olhos: terceiro bafo.
Voltei a levantar-me, estendi uma perna em cima das dele. Quarto bafo, no vislumbre da figura linda que ele é: a pele macia da barba feita na noite passada, os olhos azuis e profundos, os lábios claros carnudos e os dentes perfeitamente alinhados e brancos.
E então ele falou:
- E se te dissesse agora que te amo?
- Treta.
- Não podias dizer nada mais simpático?
- Não, é a verdade.
- É que eu amo-te. Amo-te mesmo. Quero ficar contigo para sempre.


Fechei os olhos: quinto bafo.

16/10/2010

Coisas da vida

Há coisas na vida que não se explicam.

Que numa sala cheia de gente e um microfone na mão não nos é possível dizer. São coisas que se sentem - ponto final - e que com um olhar, um gesto, um abraço, um segredo ínfimo guardado só só entre alguém e outrem deixam a promessa do amor eterno.

Há coisa que sabemos e sem mais que nada, dizemos. Como amar. 

Amo-te tia. Que daqui a 40 anos seja tudo quarenta vezes melhor.

14/10/2010

quando dissermos "nosso"..

.. vai ser esplêndido. Vai ser um aperto no coração, um esboço de sorriso, uma doce agonia.. Quando as minhas chaves de casa forem iguais às tuas. E subirmos todos os dias no mesmo elevador. E adormecermos no mesmo sofá. E fizermos amor na nossa cama.
Só que vamos ter que deixar a promessa:
sempre te darei o teu espaço; sempre me vais dar o meu.
Porque quero estar contigo e quero partilhar tudo na minha vida contigo, mas há uma parte de mim que não quero partilhar nunca com ninguém: esta parte. As palavras, a solidão de um cigarro, uma música a entrar no meu corpo - e depois podes voltar.
Abre-me a porta que eu ponho-te a mesa. Lava a loiça que eu passeio o cão. Seduz-me que eu faço amor contigo. 
Ama-me... que eu Amo-te.

12/10/2010

used to be

  É incrível. Como as coisas podem mudar conforme os tempos mudam, e, mais incrível ainda, como as coisas podem mudar sem que o tempo passe.

Há tão pouco tempo o D. era - ainda que conhecendo os seus piores defeitos - a pessoa com quem tinha uma vontade enorme de estar. E, de repente, só o quero ver longe, e quando passa por mim nem quer saber, ignora-me na rua, deixa-me sozinha a fumar o meu cigarro, deixa-me sozinha à chuva, à espera que o autocarro, finalmente, decida passar. À espera que eu fique assim, só para sempre...
E eu deixo-me ficar. Não estou só. 
Tenho a minha música. Os phones deixam o Eddie Vedder dizer que eu estou a desmoronar mas eu sei que não. Sinto-me no auge. Sinto-me bem.
Tenho o meu cigarro, que se consome aos poucos, que não se deixa apagar pela chuva, o cigarro que eu beijo de segundos a segundos.
E ainda o tenho a ele que, sem saber, quando se passeia assim à minha frente, como quem para mim cegou, me torna mais visível que sempre.

11/10/2010

Quase Perfeito

Não sei como é que algum dia lá vou chegar.. mas vou trabalhar nisso sempre que puder até que fique quase perfeito, até que o possa trazer e dizer: canta ao som do meu piano!


Se o J. me pede, eu tento até à exaustão.
E é nestes momentos que me arrependo de ter desistido.



Long Nights, Eddie Vedder

"Long nights allow me to feel
I'm falling
I am falling
The lights go out
Let me feel
T'm falling
I am falling safely to the ground"                           Eddie Vedder

Que é que se passa nesta casa que costumava ser lar, com estas pessoas que costumavam ser família? Sempre foi assim e eu só me apercebo agora? Ou começou a mudar agora?

10/10/2010

09/10/2010

J. #1

Adorava ter aqui o J., comigo no sofá. A televisão ligada mas sem som, a música de excelente qualidade na aparelhagem com o volume baixo, enroscados em nós mesmos e um no outro e nas mantas, quem sabe um copo de leite quente com chocolate, beijos e abraços e ainda que com frio íamos tirar a roupa, íamos amar despidos e depois, já vestidos, já cansados e um pouco mais apaixonados, íamos adormecer na minha cama, mesmo bem, até que a manhã se fizesse lá fora e nós, ainda quentes de amor, íamos dormir mais um bocado.

Tattoo

Queria fazer uma tatuagem nova. Estava a pensar na parte de dentro do lábio inferior.
Talvez "Joy" ou "Living Life", mas ainda é uma hipótese muito vaga.


Opiniões?

07/10/2010

do verão ao inverno vai um palmo e meio de amor






Então? Posso ter-te para sempre? Podemos casar como disseste? Viver todos esses planos que traçámos? Viver juntos noites quentes e depois gélidas, viver manhãs claras e depois de nevoeiro? Podemos ter aqueles dois cães e aqueles dois putos que vão ter os teus olhos e o teu cabelo? Podemos fazer amor toda a noite? Posso ver-te brilhar quando realizares os teus sonhos, podes ver-me brilhar quando realizar os meus? Posso amar-te quando tiveres os óculos postos e quando os tirares? Posso, antes disso, amar-te? Posso dizer-te que tens o sorriso mais perfeito que já testemunhei? Podes amar-me quando pintar as unhas de preto e quando as pintar de cor-de-laranja? Antes disso, podes amar-me? Podemos amar-nos? Podes tentar sufocar-me debaixo dos lençóis quando só quero ser sufocada por ti? Podes sufocar-me de beijos e abraços? Podes dar-me o meu espaço se me apetecer? Posso dizer-te que estás mais bonito hoje que ontem? E menos que amanhã? Posso confessar que fazes parte do meu ideal de vida e que és ainda mais do que esperava?
Posso dizer que rebentaste com a minha expectativa? Podemos ser um só?






Então? Posso ter-te para sempre?



05/10/2010

Porque vais?

Levantei-me da cadeira e abracei-te porque mais nada soube fazer. Não soube apoiar-te e dizer-te que te vais safar, que vai correr tudo bem e que assim pode ser que ganhes juízo.
Levantei-me, abracei-te, chorei e perguntei-te? "Porquê? Eu não quero".
Guarda é muito longe, é muito longe da rua ali à frente que foi onde moraste durante todos estes anos, mesmo ao meu lado. Quando é que volto a apanhar o autocarro contigo, logo de manhãzinha? Ver-te fumar o teu cigarro e com um enorme desejo pelo meu.
Porra. Puseste-me a ver pornografia aos oito anos. Tu. Deste-me boleia durante os meses consecutivos em que o meu pai esteve doente e, ao assistires à minha alegria quando no carro a tua mãe punha aquele CD que eu adorava, ofereceste-mo nos anos. Quantas vezes viemos a pé até cá, quantas vezes apanhámos uma feliz boleia da minha irmã ou, noutros tempos, do meu pai? Naquela festa da escola quando andávamos no sexto ano ou coisa que o valha, eu tinha dançado com aquele rapaz e tu vieste toda a viagem a cantarolar "Love is in the air, la la la.." , e fiquei mesmo lixada contigo mas não podia espancar-te ali.
Num Natal, oferecemos à tua família um enorme cabaz cheio de coisas boas que me confessaste ter acabado poucos dias depois.
- Queres ir ali fumar um cigarro comigo?
- Vamos.
Contou-me que o pai tinha posto um detective atrás dele e lhe tinha mostrado as fotografias dele com o pessoal dele a enrolar ganzas, a fumá-las. A viver, que mal terá? Claro que um pai não quer que um filho o faça, mas claro que há quem o faça e se todos fossem recambiados para a Guarda já não cabia lá mais ninguém.
Dei-lhe outro abraço longo. Muito longo. O J. também estava lá e mais gente foi aparecendo. Não amigos dele, mas amigos do J. Uns vinham e uns iam, a consolar-me mas eu não queria consolo. Eu queria que ele não se fosse embora.
- Ganha juízo, está bem?
- Claro. Mas não fiques assim, é tudo o que te peço.
Acenei que sim mas fiquei, chorei mais porque hoje, ele já está na Guarda há umas quantas horas.
Porque ele deixou de estar na rua ao meu lado, para estar tão longe...


Miss you

03/10/2010

Cigarros & Rock n' Roll

Quando abri os olhos, já a luz do dia irrompia pelo meu quarto e o frio também.
Merda!, deixei a porra da janela aberta a noite toda. O meu corpo estava gelado, ainda que estivesse metida numa cama pequena com um homem grande e tapada até ao pescoço.
Merda, merda, merda!
- Bom dia, meu amor.
Estava de costas para ele, que me abraçava pela cintura. Não podia pedir mais nada naquela manhã para além do seu toque, que já me levava ao céu. Mas ele deu-me muito mais.
Senti-o levantar-se mas nem me dei ao trabalho de olhar. Manhã é manhã. Ouvi um isqueiro e ouvi-o dar um bafo no cigarro.
Deitou-se de novo e estendeu-me o cigarro. Peguei nele e sorri.
- Bom dia, meu amor.

E agora: se há coisa que me mata é este homem do x-factor. Minha nossa Aaron! Casava-me contigo se me desses cigarros na cama como o meu J. faz.